Não parece mais necessário. Útil. Daquelas sensações que se tem de viver para dizer estar vivendo. É estranho isso. Não sinto falta. Estou tão protegido de tudo que nada me afeta. Nem o que era para me afetar. Nem o que já me afetou muito. Estou em outro plano. Onde não sofro com problemas aquém de mim. Meu mundo está tão grande. Minha vida, tão forte. Densa. Concreta. Que não me submeto a certos fatos superficiais. Por mais que eles tenham sido profundos outrora. É interessante ver como as perspectivas mudam em tão pouco tempo. Esse amadurecimento (talvez precoce) que tenho vivido amplia as possibilidades. Todas. Vejo, agora, que tenho alguns mundos possíveis, e eu posso escolher em qual habitar. Passar a semana em um. O feriado em outro. Uma noite tenra e intensa num terceiro. Só cabe a mim fazer a escolha. E por que todo esse poder? Porque a vida nos envelhece no mais especial sentido da palavra. E isso basta. Não velho com artroses, sim, velho com sabedoria. Para falar a verdade essa palavra soa tão pesada que quem me ouvir falando assim pode não imaginar que mal cheguei aos vinte e dois. É possível, no entanto, sentir-se experiente e calejado o bastante com pouca idade também. Ainda sou um moleque. Tenho, contudo, uma vida de gente grande. E é bom transitar pelos dois mundos. E ver, principalmente, que tenho muito a analisar sobre a vida. Confesso que o meu maior medo, e talvez o único, é me imaginar com sessenta, pois não imagino o que farei com tanta informação. Tomara que até lá eu consiga desenvolver um software tão potente como àqueles da Macintosh, a fim de não deixar nada sem registro, como tenho conseguido fazer atualmente.
sábado, 26 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
Dicotomias
Gosto do passado. Gosto do gosto que ele me traz. Das lembranças. Dos sorrisos. Das purezas.
Não gosto do passado. Não gosto da dor que ele traz. Dos insucessos. Dos pensamentos.
Gosto do futuro. Gosto de seus anseios. Das incertezas. Dos sucessos.
Gosto do presente. Gosto do prazer que é vive-lo. Do imediatismo. Da intensidade. Do real.
Não gosto quando o passado invade o presente e o deixa sem futuro.
Ou talvez goste, devido a sua total insanidade e improbabilidade.
Gosto é uma questão de vontade.
Não gosto do passado. Não gosto da dor que ele traz. Dos insucessos. Dos pensamentos.
Gosto do futuro. Gosto de seus anseios. Das incertezas. Dos sucessos.
Gosto do presente. Gosto do prazer que é vive-lo. Do imediatismo. Da intensidade. Do real.
Não gosto quando o passado invade o presente e o deixa sem futuro.
Ou talvez goste, devido a sua total insanidade e improbabilidade.
Gosto é uma questão de vontade.
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