domingo, 21 de junho de 2009

Banco da praça

Sentado, aqui no banco da praça em que fui outrora tão intenso, faço reflexões sobre a vida. Penso que talvez não fosse a hora certa de assumir tantas responsabilidades. Estou no início da vida e já tenho que ser comparado com grandes mestres, e, claro, sou crucificado por não ter a sabedoria que eles têm. Confesso um pouco de soberba quando quis assumir desafios de gente grande. Mesmo não sendo gente grande. Sou uma pessoa em formação. Porém tenho que transparecer um grande experto naquilo que me propus fazer. Contudo, as pessoas, aos poucos, vão percebendo que sou igual a todos e talvez eu não mereça estar onde estou.
O mundo é muito inseguro. No mesmo instante em que sou confiante estou pequeno. Grande por fora, mas pequeno por dentro. Agora me diga: por que eu fui o escolhido dentre os meus contemporâneos para pular etapas e “jogar com os grandes”?
Sinto às vezes que não sou capaz. Sinto que deveria ficar em uma geladeira por um tempo para aprender e ver se realmente foi pra isso que eu nasci.
Caramba! Eu só queria ser como um cara de vinte anos, sem preocupação de influenciar ninguém e não ter riscos de ser julgado incapaz.
Por que tenho esse sentimento de grandeza? Às vezes é bom ser pequeno e admitir-se como tal. Agora estou assim: pequeno, sentando no mesmo banco em que fui tão normal e mediano. Exatamente como estou me sentindo agora.