quarta-feira, 19 de maio de 2010

Intensidade

Qual foi o melhor momento da sua vida?
Um pergunta um tanto pretensiosa, eu diria. Depois de viver um bocado de vida, no entanto, posso afirmar, indubitavelmente, que o melhor momento de toda nossa vida é o agora. Sei que pode parecer piegas, mas se assumimos o que nós somos, o que nós temos e, principalmente, o que fazemos para viver de fato, tudo fica simples. Viver é simplório por demasia. É só, realmente, querer viver. Descobri isso há pouquíssimo tempo, contudo, sempre tive esse pensamento e fazia questão de resistir a ele. Quando aos quinze escrevi : “Acho que sou diferente de tudo e de todos, pois eu não busco pessoas para me fazer feliz, sinto que minha felicidade só depende de mim e que a tal felicidade está em pequenos gestos que me fazem único, independente de números, estatísticas ou míseros pensamentos alheios.” Não tinha noção do rumo que tomaria minha vida. Hoje, percebo que eu estava certo o tempo todo. Pena que não assumi isso antes. A minha felicidade, realização e meu bem-estar, só dependem de mim. Não adianta ficar querendo achar motivos para se dizer feliz. Eu sou feliz e muito, só pelo fato de viver. Tenho a vida que sempre quis. Faço o que eu quiser fazer, no momento em que quiser fazer. Sem ter que pensar em ninguém. Isso é intenso. Não que eu seja egoísta, mas estou vivendo para mim, só para mim, e, no meu ponto de vista, essa é a chave do sucesso. Quando assumo as rédeas da minha vida, fica tudo ridiculamente fácil. Até dói de tanta intensidade. Uma dor gostosa. De arrepiar. Só por saber que cada dia está sendo esgotado em sua capacidade de servir a mim. Nenhum dia passa sem que eu note. Todos são sentidos. São tocados. São, acima de tudo, vividos. E tudo isso, porque assumi a postura de viver as minhas escolhas. Afinal, se não as vivesse estaria morrendo por idiota vontade e prepotência. Então, viva as suas escolhas e verá como o melhor momento da sua vida será constante. A intensidade é a alma da vida.

Um comentário:

Unknown disse...

Sabe por que eu te amo? por que meu mundo não existiria sem você? por que você é meu reflexo? por que você me completa?
porque eu disse "dias que não deixaremos para trás", e talvez, mesmo sem saber, vc resumiu os dias que eu não deixarei para trás com uma frase: "Nenhum dia passa sem que eu note. Todos são sentidos. São tocados."
Você não sabia que era sobre isso que eu falava. Seu texto, sua confissão, seu desabafo era o meu.
É o meu. Sempre é.
Nós sentimos a mesma coisa, sem saber.
Eu não sou o que eu como, eu não sou o que eu vejo. Eu sou o que eu sinto, o que me toca. Eu sinto você, você me toca. Eu sou você.
Porque mesmo com pontos de vista completamente diferentes, com experiências diferentes, com momentos diferentes, nós sentimos a mesma coisa. Sobre tudo. Sobre a dor, sobre o amor, sobre a felicidade e a vida.
Você faz com que eu sinta que eu pertenço a esse mundo. Você faz com que eu me sinta sã.

Seu texto se resume ao fato de você ser suficiente pra vc mesmo.
Espero que vc saiba que vc me é suficiente tanto quanto EU sou suficiente pra mim.

Minha felicidade é saber que a visão que eu tenho sobre o mundo é a mesma da pessoa que eu mais admiro. Minha felicidade é compartilhar minha vida à distância, no silêncio, com você.


E volta pro meu "quem sou eu" o trecho supracitado, escrito aos quinze. Mesmo que seja difícil acreditar que um dia você teve quinze.