De tudo que se vive
Não se quer viver, ou quer.
De tudo que se sabe
Não quer saber, ou quer.
A vida é assim
Existem três vozes:
Ativa, reflexiva e passiva.
Ser ativo é viver
Assumir os riscos
Escolher sempre.
Ser reflexivo é sonhar
Pensar, imaginar
E ficar em seu mundo subjetivo.
E ser passivo?
Ser passivo não é ser nada
É andar sem escolher andar
Não saber escolher o sabor
É viver sem saber por que
Ficar parado,
Sem saber para onde ir,
Ou não querer saber, tanto faz.
Quem se importa?
Se tem uma rima perfeita
Para a palavra infelicidade
Essa é passividade.
Um comentário:
Você sabe que eu adoro textos assim. quando se pega um conceito de uma palavra, no caso, o sintático de passividade, e o emprega num conceito mais abrangente.
Tenho vivido um momento de transição entre a reflexão e a atividade. Mas vivi bastante tempo na passividade e devo concordar com você quando você a relaciona com a infelicidade. Mesmo porque, quando se é passivo, e algo de bom acontece, você não pode dizer que é merito seu, certo?
Concordo, como sempre, em gênero, número, grau e, desta vez, em voz também.
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